segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Considerações (pessoais) sobre um INTERCÂMBIO CULTURAL




Viver um Intercâmbio Cultural Internacional requer grande dose de adaptação pessoal.
A partir do momento em que o estudante se dispõe a isso, deve ter em mente que a casa que o hospeda tem regras, hábitos, horários e um modus-operandi todo próprio.

Se você já assistiu aqueles programas de TV “Troca de Esposas”, poderá imaginar mais ou menos como são as coisas: O vegetariano que se hospeda na casa de apaixonados por churrasco, os organizados que vão parar em casas com estruturas caóticas – ou até, uma empatia a primeira vista, que fará o hóspede querer ficar com a nova família para o resto da vida! Mas, seja bom ou ruim este impacto de culturas e hábitos, a má notícia é que, ao contrário dos programas de TV não há aquela segunda semana em que as coisas começam a ser do jeito que o visitante quer! SORRY! LIFE CAN BE TOUGH SOMETIMES!

Imagine-se na galera de espermatozóides que estão na sêca para fecundar o óvulo, ou na fila dos anjinhos no céu esperando para reencarnar ! Se eles pudessem trocar comentários depois de atingido seus objetivos, quer como espermatozóides ou como anjinhos, a conversa não seria diferente dos intercambistas:
“Como é a sua mãe?”
“Ihhhh lá em casa a comida é muito ruim!”
“A minha “mãe” cozinha tão bem! “
“Ontem minha “família” me levou para passear !”
“Na minha casa não pode lavar o cabelo mais que uma vez por semana” e daí vai!

Encurtando o assunto, eu gostaria de lembrar que durante o intercâmbio cultural sua dose de tolerância tem que estar em alta – Não é a SUA casa, é uma situação temporária e os desafios vão aparecer SIM! A comida é diferente, o ambiente, a cama, o travesseiro, o país, o idioma, tudo!

Por outro lado, ninguém vai para o outro lado do mundo para sofrer!
Dentro dos limites do bem conviver, quando o aluno perceber que algo está além do suportável, que algo está realmente errado e impossibilitando um convívio saudável para ambas as partes, o ideal é imediatamente comunicar ao organizador responsável para que sejam tomadas providências de recolocação.

Estar na casa dos outros é assumir o compromisso pessoal de procurar dar o menor trabalho possível. Desnecessário citar coisas básicas como: manter suas coisas pessoais organizadas, não mexer nas coisas da família, deixar seu quarto em ordem, e todas aquelas coisas que a sua mãe vem te falando desde que você nasceu!

Esta experiência é algo que você, como aluno, vai levar para toda a sua vida como algo positivo, que irá agregar valores à sua vida pessoal e profissional.

O Centro Paula Souza, a partir dessa oportunidade, está realizando o sonho de muitos alunos que apesar de desejarem ampliar seus horizontes, não poderiam arcar com as despesas e custos que financiam um intercâmbio cultural. È poder sonhar, e ter um patrocinador! È a responsabilidade de bem representar sua escola, seu país e seus ideais.
Uma oportunidade única, que se bem aproveitada, poderá trazer bons frutos para a vida de todo estudante participante.

Enjoy it, have fun and get the best of it!

By Teacher Solange Lage